O sebastianense
participa do O’Neill SP Prime, em Maresias
O surfista número um do ranking mundial está “pegando onda”
em casa. Após quatro anos sem competir em Maresias, Gabriel Medina disse, na segunda-feira, em
entrevista coletiva que está honrado em voltar a surfar em São Sebastião num
evento tão grande como o O’Neill SP Prime, última etapa da segunda divisão
mundial.
Consolidando a fase “Brazilian Storm” ou “Tempestade
Brasileira”, expressão utilizada para definir o grande momento para os
brasileiros no surf mundial, Medina diz que tem o apoio dos pais para deixa-lo
com os “pés no chão”. O sebastianense foi o centro das atenções no primeiro dia
de evento em Maresias e teve que sair da água escoltado por seguranças após sua
apresentação.
Felipe Toledo, 16º lugar no ranking mundial, e Miguel Pupo, uma posição à frente, também são naturais do Litoral Norte de São Paulo e estiveram presentes na coletiva. Toledo, que é de Ubatuba disse que está muito feliz com a nova geração de surfistas brasileiros: “Fico feliz por fazer parte dessa equipe, do surf moderno, estou treinando bastante e espero aplicar isso nas competições”, acrescentou.
Já o também sebastianense, Miguel Pupo, comentou que a
exposição do conterrâneo Gabriel Medina é importante para os brasileiros, “é
bom a gente ir ganhando espaço, se o Medina se consolidar vai mudar bastante
coisa”. Com notas 7.00 e 8.00, Pupo
avançou em primeiro lugar na sua bateria de primeiro round.
Na sua estreia no O’Neill SP Prime, em Maresias, Costa Sul de São Sebastião, Medina arriscou nos
aéreos, mas não conseguiu vencer o potiguar Ítalo Ferreira que ganhou metade da
pontuação máxima na primeira manobra. Para o sebastianense o importante era
passar para próxima fase e disse que os brasileiros estão arriscando mais nos
aéreos. Medina disse ainda que imaginava que Ferreira iria com bastante energia
para competir já que o surfista precisa garantir sua vaga no Circuito Mundial
de Surf (WCT) do ano que vem.
O americano Brett Simpson, que precisa de um bom resultado
nos Primes para se manter no WCT, falou que "é ótimo estar em Maresias,
com esses caras, na casa deles", agradeceu a organização do evento e
destacou a importância do evento para ele. O americano ainda brincou dizendo
que em Maresias tem muito guaraná – que é energético – para dar energia para
competir.
O australiano Julian Wilson, inclusive, foi um dos destaques
do dia, com o maior somatório (18.16) e um show de aéreos, aplaudidos pela
praia. Wilson faz parte da nova geração de surfistas no ranking mundial e disse
que passar uma semana no Brasil antes de ir pro Hawaii, onde acontece o Circuito
Mundial de Surf (WCT) em dezembro.
O sebastianense Gabriel Medina participa do O’Neill SP Prime
que acontece em Maresias, e vai até o próximo domingo, 9. A última etapa da
segunda divisão que também é classificatória para o Circuito Mundial de Surf
(WCT) em 2015, traz 28 surfistas brasileiros e 68 profissionais de 19 países.