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Chocolates suíços pro mês inteiros. Tô vendendo na internet |
Quando você recebe a visita de um suíço em casa o que acha
que ele vai trazer pra você? Cho-co-la-te! Afinal, os chocolates suíços são
reconhecidos no mundo inteiro como os melhores! Pera que vou me acabar um
pouquinho e já volto! Haha
Foi assim que a visita do meu amigo Jörg Malloth começou.
O gringo decidiu vir passar uns dias no Brasil realizando um
roteiro mais ou menos assim: Suíça – Caraguá – Ilhabela – São Sebastião – Rio –
Suíça. E não foi que o europeu gostou da nossa praia? Claro que, tem uns pontos
bem engraçados e importantes que ele me disse e irei descrever aqui para vocês,
leitores do CB.
Quando eu fui receber meu amigo na rodoviária de Caraguá –
ele veio diretamente, desceu em Guarulhos e em seguida já veio pra cá –, disse
pra ele que nossa cidade é pequena, tipo um vilarejo, haha, mas que estamos
crescendo numa velocidade bem grande comparando às outras cidades do litoral.
Não foi que o gringo disse que nossa cidade é enorme? Tínhamos andado cerca de
10 minutos de táxi para chegar em casa e ele disse que eu morava muito longe,
haha, tá, essa eu até concordo! Mas, vamos lá, 10 minutos de carro não é muita
coisa! Talvez para um país como a Suíça que a população total é menor que a do
estado de São Paulo, Caraguá seja realmente MUITO grande!
No dia seguinte resolvemos passar o final de semana em Ilhabela.
Então lá vai eu enfiar o Suíço num ônibus da Litôranea lotado!
- It’s busy, no? (Tá cheio, não?)
Foi logo a primeira coisa que ele me disse. Só respondi que
o transporte público no Brasil é uma espécie de parque de diversão, então
entra, senta, e divirta-se!
Poupei meu amigo de um longo discurso político da situação
atual que nossos governadores nos obrigam a viver. Pra quem tem vereadores
voluntários, até sabia o que ele poderia me dizer: - This is unbelievable!
(Isso é inacreditável)
Enfim gringo, passe a catraca, pegue o cartão, e não fuja!
Afinal, a Litorânea possui um sistema de controle e segurança invejado até nos
melhores países do mundo!
Jörg tentou entender qual a necessidade de se passar uma
catraca, receber um cartão, ter que passar uma outra catraca para sair e
devolver o cartão!
Meu amigo ficou piradinho no processo tão burocrático para
descer quanto nosso BrasilSÃO é!
- It doesn’t make sense! (Não faz sentido!). Disse o europeu,
quase que num canto lírico junto com os milhares de caiçaras que também não
entendem a necessidade desse sistema.
Sorte que nosso litoral é lindo, e a própria natural se
encarrega de nos fazer esquecer dos problemas. A travessia da balsa é um
momento de tranquilidade, pra quem a utiliza uma vez por ano, a viagem é
deslumbrante!
Chegando na Ilhabela, tão bela e com tanta ilha, nos
aventuramos em outro ônibus. Agora, sentido Água Branca.
O comentário de quem mora num país com um sistema de transporte
público onde a pessoa compra a passagem no ponto de ônibus e não tem que
apresentar nada para ninguém (e esse sistema funciona, todo mundo paga a
passagem mesmo que não tenha cobrador!), o gringo logo disse que o veículo era
discriminatório!
- It’s absurd to have such an entry. If a person is fat,
does not pass this ratchet! (é um absurdo ter uma entrada dessas. Se a pessoa
for gorda, não passa nessa catraca!)
Pois é Brasil, estamos sendo discriminados até por nosso
transporte público e não fazemos nada! Pior que eu nunca tinha visto a maldita
catraca dessa maneira. Sempre achei desconfortável, mas nunca pensei que uma
pessoa gorda poderia se sentir discriminada por ter que “se enfiar” ou “se
virar” pra passar. Talvez algumas pessoas com este tipo de problema nem gostem
de pegar ônibus por isso! =(
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Vila, Ilhabela, acabou a Vila, Ilhabela |
Sabadão na Ilha, é hora de levar o Suíço pra conhecer a
Vila!
O local é lindo, muito bonitinho, histórico e um excelente
lugar para se conhecer. Mas, cá entre nós, em 30 minutos já dá pra conhecer
tudo! Não é à toa que se chama Vila! Meu amigo Jörg ficou encantado mesmo
assim, e até eu aproveitei para admirar essa parte de Ilhabela que é tão
visitada por turistas do mundo inteiro.
Depois de admiramos a beleza que só a Vila tem, nos
encontramos com minha amiga Nathalia Antunes, que nos guiou pelos próximos dois
dias na Ilha.
Primeiro fomos na praia do Hotel Ilhabela, um quiosque tranquilo
– na verdade ainda eram quase 11h –, os barcos e lanchas atracados na praia, a
água serena, areia branquinha, e algumas garrafas de cerveja até nos fizeram
esquecer que estávamos bem do ladinho de casa, exceto o gringo, é claro!
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Resumão do final de semana |
Depois de 12 horas de viagem, atravessando o oceano, saindo
de um continente para outro, o europeu estava satisfeito com a incrível ilha
que encontrou. Nossa amiga nos levou para o quiosque Manapani na praia do Saco
da Capela, e por alí nos alimentamos de uma salada crapese bem saborosa, e bem
grande! É tipo coisa de rico, né? Comer salada na praia. Ou é coisa de gringo?
Ah, vai saber!
Domingo de manhã, qual é o roteiro?
Depois da Vila, tá na hora de conhecer o Curral, aquela praiazinha
onde fica o Hotel DPNY,com a diária atualmente de R$ 600,00. Mas não, por ali
só passamos pela frente!
Vai entender esse povo de fora né? O suíço ficou gamadão
numa magrinha.
- It’s amazing! (Isso é incrível)
Mas calma, não é isso que vocês estão pensando. Meu amigo
ficou apaixonado por uma ducha que tinha na praia. Deu risada sozinho e tirou
uma foto pra postar no Facebook. HAHA
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A tal "incrível" ducha |
O quiosque do Papagaio foi nossa melhor opção, na verdade
quem optou por algo não típico foi o europeu que pediu um cafezinho pra tomar de
frente pro mar.
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Nem de ressaca um café cai bem na praia |
Que isso seu gringo, deixa isso pra lá! Garçon, me traz um
bem gelada que hoje é sábado!
Segunda-feira a vida volta ao normal, o suíço decidiu pegar
um hotel em São
Sebastião pra poder ir pro Rio de Janeiro. Sorte dele que não
tem catraca nesses ônibus, e espero que ele conheça a tal da Caipirinha de Kiwi
e largue mão de cafeína na praia! Haha
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Vida boa! |
Valeu os dias, foi bom ter te reencontrado amigão! Dá
próxima eu que irei te visitar de novo na Suíça! ;-)