03/09/14 - Caraguá Beach
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Instituto Supereco realiza Oficina de Boas Práticas e Ecoeficiência



O Instituto Supereco realizou na última sexta-feira, 7, no Observatório Ambiental, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo, a Oficina de Boas Práticas e Ecoeficiência. A ideia foi trazer conceitos de políticas públicas de ecoeficiência. Organizada pela coordenadora de educação ambiental do Instituto Supereco, Patricia Mie Matsuo, 30 pessoas estiveram presentes na oficina.

A palestra de ecoeficiência, realizada pelo consultor de educação ambiental do CEAG (Centro de Educação Ambiental de Guarulhos), Roberto Marcondes, esclareceu aos convidados as questões de políticas públicas, boas práticas e ecoeficiência. Na ocasião, Marcondes disse que a maioria das pessoas associa sustentabilidade com a relação de tecnologia e empreendimento. Algo equivocado na visão do palestrante. Ecoeficiência é estar consciente da união entre o fornecimento de bens e serviços sustentáveis a preços justos e que satisfaçam as necessidades humanas. “A gente não pode transformar a ecoeficiência em uma relação tecnicista”, destacou.

A participação de educadores é fundamental para a sensibilização da população nas questões de políticas públicas e sustentabilidade. Quanto maior o fluxo de informações, mais opções de mudanças uma comunidade pode ter. O local onde esses profissionais atuam é conhecido como “espaço educador”. Além de um ambiente de aprendizado, os educadores também devem transparecer e incentivar a mudança interna nas pessoas. Através de exemplos simples, como o de jogar a água que restou no copinho de plástico na planta, retornando-a num ciclo natural.

A educação ambiental deve ser transformadora, ao ponto de fazer com que todos sejam educadores e exemplos para amigos, familiares e filhos. O espaço educador tem o conceito de ser em qualquer lugar. “Só conseguimos fazer essa mudança quando isso se torna um fator coletivo”, acrescentou Marcondes.

Ter informação não é a única prioridade para um mundo sustentável e para o espaço educador. Segundo o palestrante, há uma diferença entre saber o que fazer e praticar. Para ele, também é reflexivo lembrar que a educação de experiência de vida atrasou o processo de educação ambiental da população. Antigamente havia muita repressão quando algo não deveria ser feito, muita negação. “O ato de conviver com o outro é de postura. Você age e passa a fazer com que o outro haja igual, sem pressioná-lo”, exemplificou.

No nível mais elevado de postura e exemplos, o sujeito passa a se tornar uma responsabilidade, sem poder alegar ignorância no assunto. É o nível em que se sabe o que faz bem ao próximo, portanto, não é responsável deixar de fazer. O sujeito passa a construir saberes e habilidades, e assim, o consciente coletivo que toda cidade precisa ter. “Cidadania Socioambiental é quando você atinge esse nível de consciência e começa a fazer parte de mudanças de postura, fazendo a diferença a partir de exemplos”, concluiu.

Na programação da Oficina, os convidados tiveram uma recepção com café da manhã; dinâmicas de apresentação dos participantes e “Poupança para o Futuro”; palestra sobre ecoeficiência; apresentação e exercício coletivo da Matriz de Ecoeficiência; exercício prático em grupo da Matriz de Ecoeficiência; almoço para integração da equipe; dinâmica “Mosaico da Sustentabilidade; apresentação do trabalho em grupo, diretrizes e encaminhamentos; avaliação da oficina e o encerramento.


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Obras no Spani causam transtornos à população




Quase dois meses após a inauguração e um investimento de aproximadamente 30 milhões de reais, o atacadista Spani causa transtornos aos moradores do local. A obra com 8 mil m² trouxe prejuízos e muita dor de cabeça às famílias que vivem ao redor da empresa.

O problema que mais atingiu os moradores da vizinhança diz respeito à estrutura de suas casas que ficaram abalada por conta das perfurações e implosões do morro onde foi construído o atacadista. Jorge Ramos Barbosa, 65 anos, morador da rua Mem de Sá, que fica a poucos metros da saída do estacionamento do Spani, pediu um acordo com o Spani, Desmontec e a Contrutora Guimarães Torres, empresas envolvidas na obra. Segundo ele, a solicitação foi de que as empresas consertassem o dano causado durante a obra.

Acordo entre o aposentado Jorge Ramos Barbosa e o Spani
O acordo foi escrito e assinado pelo engenheiro da Desmontec, Flávio Zinato, e a representante da Construtora Guimarães Torres, Natália Santos, também engenheira. As empresas dizem "se responsabilizar pela manutenção da calçada na residência de Jorge Barbosa". Entretanto, segundo Barbosa, os danos atingem também o muro da casa. "As companhias me prejudicaram e foram embora; fui, então, obrigado a buscar o acordo com o Spani", explica.

A reportagem do Foca Na Web retornou ao local, três dias depois da data de início das obras conforme o acordo entre as partes. Porém o muro ainda estava com rachaduras. Barbosa não foi localizado em sua residência.

 Outras reclamações

 O morro que havia entre o Centro Esportivo Municipal Ubaldo Gonçalves (CEMUG) e o Bairro do Poiares foi totalmente retirado para que o atacadista Spani fosse construído.

Durante as obras, as máquinas produziram muita poeira e também barulho constante. Segundo a aposentada Claudia Rosa Feth, 79 anos, o barulho lhe causou muita dor de ouvido. "Sou idosa e minha saúde é debilitada", acrescentou. Claudia vive com a filha, Bernadete Feth, que também reclamou da obra: "Tinha que limpar o quintal de casa várias vezes ao dia, por conta da poeira".

 Mas as reclamações dos moradores no local não se resumem aos problemas causados durante a construção do Spani. Agora, após inaugurado, os moradores reclamam do movimento de pessoas e carros na região, o que preocupa a maioria dos residentes na área. De acordo com Eduardo dos Santos, que mora no local há cerca de cinco anos e vive com seu filho de dois anos, a paisagem mudou muito: "Antes tínhamos crianças brincando na rua, agora só vemos carros".

 De acordo com os entrevistados, durante as obras não houve qualquer comunicação entre Spani e os moradores locais. "A única coisa que ouvíamos falar por aqui era do horário das implosões" - diariamente, havia detonações com interrupções do tráfego na Rio-Santos a fim de pôr abaixo o morro que cedeu espaço ao atacadista -, lembra a moradora Maria dos Santos, que reside na Rua João Café Filho. "Tenho um problema de saúde que causa pulsações na minha cabeça, e com o barulho dos dois geradores do Spani, eu não consigo dormir à noite", desabafa.

 O gerente do atacadista Spani, Adimir Pereira, disse que todas as reclamações são encaminhadas para as empresas, às quais foi solicitada urgência para a manutenção destas casas. "A Desmontec irá cuidar disso, todas as famílias serão atendidas. Não é possível consertar tudo de uma única vez, mas cada casa será cuidada por vez", acrescentou.


O mercado já está com suas portas abertas ao público desde o dia 17 de janeiro e funciona normalmente. Mas as obras ainda não terminaram. Pereira contou que a calçada entre o Spani e a rodovia Rio-Santos ainda está em fase de acabamento. “A prefeitura irá auxiliar na finalização dessa calçada, estamos aguardando”, concluiu.



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