O Instituto Supereco realizou na última sexta-feira, 7, no Observatório Ambiental, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo, a Oficina de Boas Práticas e Ecoeficiência. A ideia foi trazer conceitos de políticas públicas de ecoeficiência. Organizada pela coordenadora de educação ambiental do Instituto Supereco, Patricia Mie Matsuo, 30 pessoas estiveram presentes na oficina.
A palestra de ecoeficiência, realizada pelo consultor de educação ambiental do CEAG (Centro de Educação Ambiental de Guarulhos), Roberto Marcondes, esclareceu aos convidados as questões de políticas públicas, boas práticas e ecoeficiência. Na ocasião, Marcondes disse que a maioria das pessoas associa sustentabilidade com a relação de tecnologia e empreendimento. Algo equivocado na visão do palestrante. Ecoeficiência é estar consciente da união entre o fornecimento de bens e serviços sustentáveis a preços justos e que satisfaçam as necessidades humanas. “A gente não pode transformar a ecoeficiência em uma relação tecnicista”, destacou.
A participação de educadores é fundamental para a sensibilização da população nas questões de políticas públicas e sustentabilidade. Quanto maior o fluxo de informações, mais opções de mudanças uma comunidade pode ter. O local onde esses profissionais atuam é conhecido como “espaço educador”. Além de um ambiente de aprendizado, os educadores também devem transparecer e incentivar a mudança interna nas pessoas. Através de exemplos simples, como o de jogar a água que restou no copinho de plástico na planta, retornando-a num ciclo natural.
Ter informação não é a única prioridade para um mundo sustentável e para o espaço educador. Segundo o palestrante, há uma diferença entre saber o que fazer e praticar. Para ele, também é reflexivo lembrar que a educação de experiência de vida atrasou o processo de educação ambiental da população. Antigamente havia muita repressão quando algo não deveria ser feito, muita negação. “O ato de conviver com o outro é de postura. Você age e passa a fazer com que o outro haja igual, sem pressioná-lo”, exemplificou.
No nível mais elevado de postura e exemplos, o sujeito passa a se tornar uma responsabilidade, sem poder alegar ignorância no assunto. É o nível em que se sabe o que faz bem ao próximo, portanto, não é responsável deixar de fazer. O sujeito passa a construir saberes e habilidades, e assim, o consciente coletivo que toda cidade precisa ter. “Cidadania Socioambiental é quando você atinge esse nível de consciência e começa a fazer parte de mudanças de postura, fazendo a diferença a partir de exemplos”, concluiu.
Na programação da Oficina, os convidados tiveram uma recepção com café da manhã; dinâmicas de apresentação dos participantes e “Poupança para o Futuro”; palestra sobre ecoeficiência; apresentação e exercício coletivo da Matriz de Ecoeficiência; exercício prático em grupo da Matriz de Ecoeficiência; almoço para integração da equipe; dinâmica “Mosaico da Sustentabilidade; apresentação do trabalho em grupo, diretrizes e encaminhamentos; avaliação da oficina e o encerramento.
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